quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seguir o próprio caminho



"Nunca se ressinta do sucesso de outro homem, filho. Lembre-se, cada um de nós vive seu próprio destino. Nossas vidas correm todas em vias paralelas - o sucesso dos outros não nos puxa para baixo, e seu fracasso não nos empurra para cima. Concentre-se apenas nos seus próprios boletins escolares e no seu trabalho".

A frase foi retirada do livro "A doçura do mundo", da escritora indiana radicada nos Estados Unidos Thrity Umrigar. Li-o recentemente e, dentre tantas lições que ele pode me oferecer, elejo uma: a necessidade de cada um de nós seguir seu próprio caminho.

É incrível como costumamos nos comparar com os outros. No trabalho, em casa, na sociedade como um todo, estamos sempre em busca de um referencial. Até aí, tudo bem. Bons exemplos devem inspirar nossas atitudes e, quando possível, mudar nossa postura, quebrar nossos paradigmas.O problema é quando nos deixamos levar pela vida dos outros e esquecemos quem nós somos.

Nenhum história é igual a outra. Temos nossas próprias qualidades e limitações, o que verdadeiramente nos torna únicos, especiais. Não podemos nos forçar a um caminho, a uma personalidade, a um estilo de vida, apenas porque esses deram certo para outra pessoa. Não podemos controlar o tempo e esperar que todas as coisas aconteçam dentro do que planejamos, ou mesmo nos impor metas inalcançáveis. Sabe qual o resultado para isso? Frustração.

Certa vez, eu conversava com uma pessoa que dizia se sentir infeliz na profissão, pois nada que havia pensado para sua carreira dera certo. A vida tinha tomado rumos diferentes, a maioria de seus colegas de faculdade eram hoje bem-sucedidos e ela estava dando ainda os primeiros passos em um segmento que, a princípio, nada tinha a ver com o que sonhara.

E eu pensei que comigo também foi assim. A diferença é que fui aprendendo a aceitar o que a vida me dá. Porque não adianta teimar com ela e ficar eternamente olhando para os lados à espreita de algo que, provavelmente, nunca virá. Não é fácil, é claro. Porque muitas vezes nós temos a prepotência de achar que está tudo sob controle e que nada irá contrariar nosso plano "infalível".

A estrada, porém, não chegou ao fim. Há muitos atalhos ainda. O que importa é o que vamos fazer com eles daqui para frente. Podemos ignorá-los, mas, ao mesmo tempo, correr o sério risco de perder nossa felicidade. E então? Que faremos?

Eu escolho e vou lutar pela liberdade de seguir meu próprio caminho, sem me preocupar se quem está ao lado engatinha ou está no auge da corrida. Enquanto houver chão, acompanham-no os passos e, de preferência, bem firmes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário