sábado, 5 de novembro de 2011

Fique calado(a), por favor!

Eu costumo ser adepta da máxima: "Se você não sabe o que dizer para alguém num momento difícil, fique em silêncio e isso basta". Mas, infelizmente, muitos não agem assim. As pessoas têm necessidade de falar, falar e falar e, por esse motivo, se tornam inconvenientes.

Depois de evitar oportunidades de me expor e respirar "aliviada" pensando que ninguém iria mais querer invadir minha intimidade, toda a expectativa segue pelo ralo. Será que é tão difícil perceber que existem certos assuntos que não merecem ser comentados, muito menos na presença de outros ouvintes? Será que as pessoas acham que é fácil esconder as feridas e responder que "sim, estou bem" apenas para desviar o foco da conversa?

Nessas horas, a vontade que tenho é de sumir, me recolher no refúgio do quarto até que todos finalmente esqueçam o que passou. Ou, no mínimo, dar uma resposta malcriada e deixar a pessoa pagar o preço da sua intromissão.

Não tenho obrigação de dar satisfações de como me sinto e do que pretendo fazer. Nem mesmo sei o que está acontecendo comigo... Não gosto de falar de mim, da minha vida, da minha dor. Não para todo mundo. Alguns podem dizer que externalizar esse turbilhão de sentimentos ajuda. Quem sabe em um outro momento, não agora.

Pode até parecer um comportamento egoísta, ingrato. "Como não retribuir à preocupação das pessoas respondendo como você está?", pensarão alguns. Mas eu sinceramente acho que essa não é a melhor forma de agradecer a alguém por sua atenção ou carinho, até porque quem realmente ama saberá compreender que existe hora para tudo, principalmente para o desabafo.

Meu conselho é o seguinte: se você faz parte desse grupo que, mesmo sem perceber ou com a melhor das intenções, tende a se exceder nos seus comentários e indagações, fique calado(a), por favor! E tenha a certeza de que, quase sempre, isso é o melhor a se fazer.

E então, continua curioso (a)?

>> SUTILMENTE

Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

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