sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um amor e um coração ferido

Penso que Deus escolhe muito bem as pessoas que coloca em nosso caminho, e, a cada dia, tenho tido mais certeza de que algumas têm uma missão bastante específica: a de nos santificar.

Não falo aqui daquelas pessoas que são verdadeiros anjos e que sempre nos trazem as palavras oportunas nos momentos certos, que estão sempre prontas para ajudar ou que compreendem sempre as nossas razões. Não! Refiro-me àquelas que são a pedra no nosso encalço, isto é, que nos incomodam, que nos perseguem, que nos esmagam com suas atitudes, mas que permanecem em nossas vidas porque não desistimos de amá-las.

Com sua infinita sabedoria, Jesus disse para amarmos os nossos inimigos, a fim de que, por esse amor insistente, pudéssemos lidar melhor com os limites de nossa humanidade. E é desse modo que nos tornamos pessoas melhores: à medida que aceitamos o outro como ele é, sem querer mudá-lo simplesmente de uma hora para outra.
É fácil? Definitivamente não! Principalmente quando esse nosso "inimigo" está bem perto de nós: na família, no trabalho, entre nossos amigos...

No fundo, atitudes ríspidas são reflexo de um coração ferido e inseguro, mas que não deixou de amar. E é por isso que não podemos desistir assim, nas primeiras tentativas. O sentimento ainda está lá: vivo, mas doente. Precisa ser recuperado e curado. "Como fazer isso?", você pode perguntar. Confesso que não sei, mas estou lutando para descobrir. Paciência, paciência...